REDE LIVRARIA

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Os nomes de Deus

1. Conceito bíblico

Quem é, e que é Deus? A melhor definição é a que se encontra no Catecismo de Westminster: “Deus é Espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade”. A definição bíblica pode formular-se pelo estudo dos nomes de Deus. O “nome” de Deus, nas Escrituras, significa mais do que uma combinação de sons; representa seu caráter revelado. Deus revela-se a si mesmo fazendo-se conhecer e proclamado o seu nome. (Ex. 6.3; 33.19; 34.5, 6) Adorar a Deus é invocar o seu nome (Gn. 12.8); temê-lo (Dt. 28.58); louvá-lo (2Sm. 22.50); glorificá-lo (Sl. 86.9). É sacrilégio tomar seu nome em vão (Ex. 20.7), ou profaná-lo ou blasfemá-lo (Lv. 18.21; 24.16). Reverenciar a Deus é santificar ou bendizer seu nome (Mt. 6.9). O nome do Senhor defende o seu povo (Sl. 20.1), e por amor do seu nome não os abandonará (1Sm. 12.22).
Os seguintes nomes de Deus são os mais comuns que encontramos nas Escrituras:
(a) Elohim (traduzido “Deus”). Esta palavra emprega-se sempre que sejam descritos ou implícitos o poder criativo e a onipotência de Deus. Elohim é o Deus criador. A forma plural significa plenitude de poder e representa a trindade.
(b) Jeová (traduzido “Senhor” na versão Almeida) Elohim, o Deus Criador, não permanece alheio às suas criaturas. Observando Deus a necessidade entre os homens, desceu para ajudá-los e salvá-los, ao assumir esta relação, ele revela-se a si mesmo como Jeová, o Deus da aliança. O nome Jeová tem sua origem no verbo SER e inclui os três tempos desse verbo – passado, presente e futuro. O nome, portanto significa: Ele que era, que é e que há de ser, em outras palavras, o Eterno. Visto que Jeová é o Deus que revela a si mesmo ao homem, o nome significa: Eu me manifestei, me manifesto, e ainda me manifestarei.
O que Deus opera a favor de seu povo acha expressão nos seus nomes, e ao experimentar o povo a sua graça, desse povo então pode dizer-se: “conhecem o seu nome”. A relação entre Jeová e Israel resume-se no uso dos nomes encontrados nos concertos entre Jeová e seu povo. Aos que jazem em leitos de doença manifesta-se-lhes como JEOVÁ-RAFA, “o Senhor que cura” (Ex. 15.26). Os oprimidos pelo inimigo invocavam a JEOVÁ-NISSI, “o Senhor nossa bandeira” (Ex. 17.8-15). Os carregados de cuidados aprendem que ele é JEOVÁ-SHALOM, “o Senhor nossa paz” (Jz. 6.24). Os peregrinos na terra sentem a necessidade de JEOVÁ-RA’AH, “o Senhor meu pastor” (Sl. 23.1). Aqueles que se sentem sob condenação e necessitados de justificação, esperançosamente invocam a JEOVÁ-TSIDKENU, “o Senhor nossa justiça” (Jr. 23.6). Aqueles que se sentem desamparados aprendem que ele é JEOVÁ-JIREH, “o Senhor que provê” (Gn. 22.14). E quando o reino de Deus se houver concretizado na terra, será ele conhecido como JEOVÁ-SHAMMAH, “o Senhor está ali” (Ez. 48.35).
(c) El (Deus) é usado em certas combinações: EL-ELYON (Gn. 14.18-20), o “Deus altíssimo”, o Deus que é exaltado sobre tudo que se chama deus ou deuses. EL-SHADDAI, “o Deus que é suficiente para as necessidades do seu povo” (Ex. 6.3). EL-OLAM, “o eterno Deus” (Gn. 21.33).
(d) Adonai significa literalmente “Senhor” ou “Mestre” e dá a idéia de governo e domínio. (Ex. 23.17, Is. 10.16, 33) Por causa do que Deus é e do que tem feito, ele exige o serviço e a lealdade do seu povo. Este nome no Novo Testamento aplica-se ao Cristo glorificado.
(e) Pai emprega-se tanto no Antigo como Novo Testamento. Em significado mais amplo o nome descreve a Deus a fonte de todas as coisas e Criador do homem, de maneira que, no sentido criativo, todos podem considerar-se geração de Deus. (Atos 17.28) Todavia, esta relação não garante a salvação. Somente aqueles que foram vivificados e receberam a nova vida pelo seu Espírito são seus filhos no sentido íntimo da salvação. (Jo. 1.12, 13).

Fonte: Conhecendo as Doutrinas da Bíblia, Myer Pearlman, Editora Vida.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Pelos seus frutos...

"Certa vez a verdade e a mentira foram passear juntas. Passaram perto de um belo lago, e o dia estava quente. A mentira falou à verdade: ‘Venha, vamos nadar juntas, está um dia tão bonito.’ A verdade respondeu: ‘Sim, vamos nadar.’ Ambas se despiram, e a verdade pulou na água antes da mentira; a mentira ficou fora da água, pegou as roupas da verdade e sumiu. Desde então, a mentira anda por aí com as roupas da verdade, mas a verdade é considerada mentira."

Disse Jesus: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores." Mt 7.15.

O evangelho traz as "boas novas" para a humanidade, traz também consigo uma grande responsabilidade para o pregador e para o ouvinte. Ambos devem provar com calma a mensagem falada, e a sua fidelidade.
Haja vista que julgar o livro pela capa será uma hipótese descartada, como poderemos reconhecer o verdadeiro e o falso profeta?

Conforme Mt 7.16-20, Jesus ensina que se conhece uma árvore pelos frutos, não se pode colher uvas dos espinheiros, nem figos dos abrolhos, ou seja, uma árvore má não pode dar bons frutos. Pesquisei um pouco sobre estas duas árvores, o espinheiro e o abrolho, utilizados por Cristo nesta comparação, conhecer um pouco destas plantas nos ajudará na compreensão desta passagem.

Abrolhos

A referida planta que se mostra na imagem, os tais abrolhos. Designada cientificamente por Tribulus terrestris, esta planta, comum na Península Ibérica, é um dos vegetais mais caluniados na poesia de língua portuguesa. O fato de o nome rimar com olhos não é apenas uma feliz coincidência poética, a designação vem de «abre os olhos», um aviso adequado a uma planta com um fruto espinhoso, sobretudo para quem andasse descalço pelos campos. Fonte: http://caisdegaia.blogspot.com/2007/04/em-abrolhos-com-os-olhos-bem-abertos.html

Pirliteiro ou Espinheiro Branco

O pirliteiro é uma bela árvore de médio porte, podendo chegar a atingir cerca de 8 metros, folha caduca, ramos espinhosos (daí um dos nomes porque é conhecida em Portugal; espinheiro alvar), pequenas flores brancas da família das rosáceas e frutos comestíveis de um vermelho vivo semelhante a maçãs minúsculas, é uma árvore robusta podendo viver até aos 500 anos.
O seu nome científico Crataegus laevigata ou Crataegus monogyna (mais cumum entre nós) vem do grego kratos que significa força, isto deve-se à extrema dureza da sua madeira. Especialmente nos países nórdicos é muito utilizada para fazer sebes vivas (cercas de arbustos).
Há historiadores que dizem que os espinhos da coroa de Cristo eram de ramos de pirliteiro. Fonte: http://www.portaldojardim.com/

O fruto corresponde a natureza da árvore, conforme a sua espécie, como vimos o "abrolho" produz um fruto espinhoso, e o "espinheiro" tem ramos cobertos de espinhos que protegem seus frutos. Em ambos os casos percebemos que as pessoas atraídas por seus frutos são feridas pelos seus espinhos. Esperamos que uma fruta seja agradável a vista e ao paladar, porém no caso do fruto do abrolho e do espinheiro esta sensação é substituída pela dor, podemos compará-la a decepção que encontramos num discurso hipócrita.
A palavra pregada deve estar atestada por bons frutos na vida do pregador, e os frutos são as nossas próprias obras, e o nosso testemunho pessoal.
Haja vista que a natureza de todo homem é carnal e pecaminosa, então ser-lhe-á próprio produzir frutos ruins, conforme a suas próprias concupiscências, mesmo que um abrolho se esforçasse não conseguiria produzir figos, nem um espinheiro se esforçando muito conseguiria produzir uvas, isto é por causa da sua espécie e natureza, que ela por si só não pode mudar. Alguns pregam a regeneração pelo esforço próprio, pela abstinência, pela auto-flagelação, tentando uma mudança de natureza de fora para dentro.
A natureza do homem nascido de novo é espiritual, vem de dentro, já a natureza de todos os demais homens é carnal. Ninguém pode mudar a sua própria natureza, a não ser que esta seja regenerada pelo Senhor.
Do interior do homem, isto é, do seu coração, é que provém os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, etc. Sabemos também que a boca fala do que o coração esta cheio, e o que sai dela é o que o contamina.
Podemos então conhecer um homem pelas suas palavras e pelas suas obras. Porém ninguém poderá produzir bons frutos se não estiver em Cristo (Jo 15.1-8). Como posso saber se estou em Cristo? Andando como Ele andou. "Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou" 1 Jo 2.6.
Qualquer um que pregando o evangelho da paz continuar vivendo uma vida dissoluta no pecado, constitui a si próprio num falso profeta e a parte dos tais será no fogo eterno (Mt 7.19, 21-23; Jo 15.2, 6 e Gl 5.19-21).

Já aquele que deixando o pecado busca ser aperfeiçoado por Deus, receberá dEle o caráter de Jesus Cristo personificado em nós na manifestação do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22-24).

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

VERDADE E JUSTIÇA

“Dá instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio, ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento” Provérbios 9.9.
É justo, é cristão examinar a doutrina de uma determinada religião, igreja ou seita e questioná-la?
Todo homem tem o direito, dado por Deus, de crer como bem lhe apraz. Os norte-americanos reconhecem esse direito divino. Por livre escolha, “Atacar a religião do outro não é amor” – dizem. A própria constituição brasileira garante a liberdade religiosa. Esta afirmativa seria verdadeira se antes não examinássemos nossa própria religião e não a comparássemos com o padrão de Deus, a Bíblia.
Outra reação dos que questionam nossa autoridade de testemunhar poderia ser: “Não julgueis para que não sejais julgados” Mateus 7.1, segundo Mateus 7.5 este versículo é dirigido aos hipócritas. Por outro lado, João 7.24 diz aos crentes que “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”; não segundo a aparência, mas segundo a palavra de Deus.
É trágico que hoje em dia alguns de nós, os crentes, temos, em nome do amor, retido a verdade aos que estão no erro, por não querer ofendê-los ou por não amá-los o suficiente. Lembre-se de que o amor verdadeiro previne.
É verdade que não devemos dar importância demasiada às coisas mínimas. Pode ser desnecessário dizer ao próximo que ele possui um mau hálito ou que a telha de sua casa está solta. Entretanto, se ele estiver dormindo e a casa pegar fogo, é crime não acordá-lo. Desculpa alguma e nenhuma declaração vazia de amor jamais satisfarão a Deus em tais casos. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” 1 João 4.8. “O que repreende ao homem achará depois mais favor do que aquele que lisonjeia com a língua” Provérbios 28.23.
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