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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

O SEXO CROMOSSÔMICO REFUTA O TRANSEXUALISMO

O SEXO GENÉTICO

O sexo genético é o que define a sexualidade do individuo, masculino ou feminino por meio dos cromossomos que são filamentos do DNA localizados no centro das células.
(foto da microscopia eletrônica do cromossomo X e Y).


Determinação Genética do Sexo Cromossômico

As diferenças sexuais entre machos e fêmeas, “do ponto de vista da genética, o homem é definido por um cromossomo X e outro Y. A mulher, por um par de cromossomos X.” (MAGALHÃES, 2010, p. 154).

Conforme afirma Regateiro (2007, p. 318):

O sexo cromossômico de um embrião é determinado no momento da fecundação do ovócito. Se um ovócito 23, X é fecundado por um espermatozoide 23, X, origina-se um embrião em que o sexo cromossômico é feminino, ou seja, 46, XX. Se o ovócito 23, X é fecundado por um espermatozoide 23, Y, origina-se um embrião em que o sexo cromossômico é masculino, ou seja, 46, XY.

O sexo genético do zigoto, afirmam Guerra e Júnior (2002, p. 6), “[...] é estabelecido pela fertilização de um óvulo normal por um espermatozoide contendo um cromossomo X ou Y. Em humanos, o sexo heterogamético (XY) é masculino e o homogamético é feminino (XX)”.

A programação genética fornece um equilíbrio de proporções (entre sexos) muito próximo, garantindo a perpetuação da espécie, uma geração após a outra, conforme afirma Pasternak (2002, p. 65, grifo nosso):

Em homens férteis, metade dos espermatozoides possui um cromossomo Y e a outra metade possui um cromossomo X. Todos os ovos não fertilizados de uma mulher recebem um único cromossomo X. Consequentemente, em uma população, metade da geração seguinte será XX (mulheres) e a outra metade será XY (homens) (Figura 3.14). A segregação dos cromossomos sexuais durante a meiose é uma forma eficiente de manter as proporções sexuais próximas de 1:1, de uma geração para outra. Com esse sistema de determinação do sexo, todos os filhos herdam um cromossomo Y de seus pais.


Portanto, conforme a genética afirma há somente dois sexos na espécie humana, o gênero masculino e o gênero feminino. Os transexuais que nasceram do sexo masculino terão cariótipo cromossômico XY como os demais homens, enquanto, os transexuais que nasceram do sexo feminino terão cariótipo cromossômico XX como as demais mulheres. Não há outros sexos no sentido genético, ou seja, ninguém é gerado ou nasce homossexual, travesti ou transexual. Todos somos homens ou mulheres, a orientação sexual é uma escolha que o individuo segue, no caso de homossexuais, travestis e transexuais ela é contrária a sua natureza genética, sendo influenciada não como uma imposição da natureza, como querem dizer alguns se justificando que nasceram assim, mas, pelas imposições ou escolhas encontradas meio onde vivem.


O Sexo Cromossômico na reprodução assistida:


Citamos nesta parte do estudo, independentemente da análise ética cristã, somente para confirmar que, mesmo na reprodução assistida (manipulação de óvulos e espermatozoides em laboratório) serão gerados apenas indivíduos do sexo masculino ou feminino, não há outros sexos no sentido genético, ou seja, ninguém é gerado homossexual, travesti ou transexual.

A reprodução humana através da conjunção sexual entre pessoas de sexos diferentes (macho e fêmea) gera indivíduos semelhantes, que pertencerão apenas ao gênero masculino ou feminino. Muitos casais que apresentam dificuldades para gerarem filhos, ou que desejam filhos de um determinado gênero, recorrem às técnicas de fertilização artificial, conhecidas como reprodução assistida ou sexagem.

Segundo Brasil (2004), conforme relata a Revista Veja ed.1872, o Conselho Federal de Medicina Brasileiro baixou uma resolução em 1992 proibindo a reprodução assistida com intenção de selecionar o sexo ou qualquer outra característica biológica do futuro filho, os médicos que a descumpre afirmam que a maioria das mulheres que buscam tem mais de 35 anos, portanto, o exame do embrião já seria feito para identificar problemas de saúde, então o que custaria perguntar ao casal se prefere menino ou menina? O conselho só reage por denúncia e nenhuma jamais foi levada sobre o assunto, quem quer faz e pronto. As técnicas utilizadas no nosso país são duas, uma mais simples menos precisa chamada de seleção do sêmen, que requer inseminação artificial, consiste em colher o espermatozoide do pai, centrifuga-los para separar os que carregam o cromossomo Y (meninos) dos que contêm o X (meninas) e inseminar o útero da mãe apenas com os espermatozoides do sexo desejado, esta técnica tem cerca de 70% de chances de acerto. A outra requer a fertilização in vitro, a popular proveta: os óvulos são retirados e fertilizados, no terceiro dia, remove-se uma célula de cada embrião para biópsia. Determinando doenças genéticas e o sexo com quase 100% de acerto, e aí se implantam no útero materno apenas os embriões predeterminados. Um terceiro método chamado Microsort une a alta taxa de acerto 90% com um menor sofrimento da inseminação artificial, e esta disponível apenas nos Estados Unidos. Nesse método tinge-se o esperma com um corante fluorescente e examina, um por um, todos os milhões de espermatozoides lá presentes, separando-se os que têm cromossomo Y (masculino, tem menos DNA e fica verde) daqueles com o X (feminino, tem mais DNA e fica vermelho). Então, os óvulos são fertilizados de acordo com a encomenda do sexo.


Hermafroditismo

Nessa parte do estudo entenderemos que o transexual não é um hermafrodita, e qual é a diferença entre hermafroditas e transexuais.

Encontram-se registros na história relacionados a problemas de ambiguidade genital, desde a mais remota antiguidade, conforme afirmam Guerra e Júnior (2002, p.31):

[...] existem referências a casos de intersexualidade humana. De fato, os registros deixados pelos habitantes da antiga Babilônia, dois mil anos antes da era cristã, indicam que o nascimento de indivíduos andróginos era até mesmo considerado um mal presságio (“Quando nascer uma criança que tenha o sexo não definido, calamidade e aflição ocorrerão neste reino, e o chefe da família não terá felicidade”). Na mitologia grega, por sua vez, encontra-se a figura de Hermafroditus, filho de Hermes e Afrodite, indivíduo de rara beleza por quem se apaixonou uma ninfa chamada Salmacis. Rejeitada, ela pediu aos deuses que jamais se separassem; já Hermafroditus preferia morrer a submeter-se ao seu amor. Ambos foram atendidos: foram unidos pelos deuses em um único ser com os dois sexos, seguindo-se de imediato a morte.

Segundo Guerra e Júnior (2002), com o desenvolvimento da anatomia, surgiram os primeiros estudos possibilitando a diferenciação do Hermafroditismo Verdadeiro - HV (indivíduos que apresentam os dois tipos de tecido gonadal, testículos e ovários), dos casos de pseudo-hermafroditismo masculino e feminino (um único tipo de tecido gonadal associado a anomalias dos genitais externos e/ou internos), e também daqueles em que havia ausência de gônadas. Os indivíduos portadores do hermafroditismo verdadeiro têm os dois tipos de tecido gonadal, os testículos e os ovários.

Pseudo-hermafroditismo: quando há discordância entre os caracteres fenótipos ou genitais e os gonádicos e cromossômicos, e isso se pode dar em duas situações:

Pseudo-hermafroditismo feminino: os genitais são masculinos (mais ou menos diferenciados) enquanto as gônadas e os cromossomos são femininos, ex. Síndrome androgenital congênita.

Pseudo-hermafroditismo masculino: os genitais são femininos, mas as gônadas e os cromossomos são masculinos, isto é, testiculares, ex. Síndrome de Morris ou do testículo feminilizante.

Apesar dos avanços da biologia molecular, o diagnóstico continua tão obscuro quanto era ao tempo do mito de Hermafroditus na Grécia antiga. Segundo Guerra e Júnior (2002, p. 33), existe hermafroditismo 46,XX e homem 46,XX, e hermafroditismo 46,XY e disgenesia gonadal parcial XY, classificados como distúrbios da diferenciação gonadal. Algumas anomalias não levam à ambiguidade genital tendo claro diagnóstico do fenótipo correspondente. Porém, há casos onde não é possível definir o fenótipo.

DISTÚRBIOS DA DIFERENCIAÇÃO GONADAL E FENÓTIPO
FENÓTIPO*
Disgenesia gonadal pura (46,XX e 46,XY)
F
Disgenesia gonadal parcial XY
A
Disgenesia gonadal mista
A
Disgenesia gonadal associada a doença renal
F/A
Disgenesia gonadal associada a displasia camptomélica
F/A
Hermafroditismo verdadeiro
A
Homem 46,XX
M/A
Síndrome de Turner
F
Aberrações estruturais do cromossomo X sem fenótipo de Turner
F
Síndrome de Klinefelter
M
Outros
A
*F = feminino; A = ambíguo; M = masculino.

Segundo Guerra e Júnior (2002, p.53), “o hermafroditismo verdadeiro (HV) é uma doença rara, com cerca de quatrocentos casos descritos na literatura”.

Segundo Guerra e Júnior (2002), os indivíduos com hermafroditismo verdadeiro podem ter uma apresentação clínica de homem ou mulher normal e fértil. Mas, na maioria dos casos há a ambiguidade genital, com diferenças da genitália externa para a interna, estes indivíduos podem ter ao mesmo tempo testículos e ovários (ovotestis) com predomínio do genital interno para o sexo feminino. O tipo de gônada mais frequente é o ovotestis, seguido de ovário e mais raramente testículo. A partir da puberdade mais de três quartos apresentam aumento de mamas e cerca de 50% menstruam. A ovulação não é rara, e a gravidez e o nascimento de crianças podem ocorrer em pacientes com cariótipo 46,XX. Já foi relatado um caso de um pai com HV e cariótipo 46,XY. No entanto a espermatogênese é rara.

O tratamento segundo afirma Guerra e Júnior (2002), depende da faixa etária em que foi feito o diagnóstico e da capacidade funcional dos genitais externos e internos. Quando diagnosticado em idade precoce, a melhor opção de criação é a do sexo feminino, em pacientes com constituição cromossômica 46,XX, todo o tecido testicular deve ser removido. Os pacientes com constituição cromossômica 46,XX que foram criados como homens, devem ser gonadectomizados, com colocação de prótese testicular e reposição hormonal na puberdade.

O sexo masculino deve ser a opção para indivíduos com quimerismo ou cariótipo 46,XY, especialmente quando houver um bom desenvolvimento fálico, ausência de útero e vagina e presença de testículo e ovário.

Independente da opção de sexo de criação é fundamental que se façam as correções cirúrgicas internas e externas, de acordo com a opção feita, e realizar a reposição hormonal adequada na época da puberdade.

Essas várias formas de anomalias que dizem respeito aos componentes físicos do sexo não configuram o que se define como transexualismo propriamente dito. O transexualismo se define como um conflito entre o sexo físico "normal" e a tendência psicológica que é sentida numa direção oposta. Na quase totalidade dos casos, trata-se de indivíduos de sexo físico masculino que, psicologicamente, se sentem mulheres e tendem a se identificar com o sexo feminino. São muito raros os casos em sentido contrário, ou seja, de indivíduos fisicamente mulheres que pretendem se tornar homens.

Hermafroditas, portanto, são indivíduos que nascem com anomalias nas gônadas e/ou no código genético (cromossomos). Porém, os transexuais nascem com as gônadas correspondentes e perfeitas com o seu código genético (cromossomos), contudo, eles psicologicamente acreditam pertencer ao outro sexo. A anomalia do hermafrodita é física, gonadal e/ou cromossômica. A anomalia do transexual é psicológica.



Conclusão: O Transexualismo a luz da Bíblia

O Brasil é um País laico, motivo pelo qual a maioria das decisões é tomada levando em conta os padrões sociais e culturais atuais do País, dos quais, depois de idealizados, são blindados por Leis votadas por legisladores portadores de diferentes padrões, morais, éticos e principalmente religiosos. Eles formulam através do ponto de vista científico, médico, social e psicológico não levando em conta os princípios religiosos que consideram como preconceituosos. O Cristão, inserido nessa sociedade, é regido por suas leis, comportamentos e padrões. Porém, não pode jamais compactuar com Leis que fogem ao padrão da palavra de Deus. A Bíblia sagrada é um conjunto de livros que contém a história da humanidade, ela apresenta desde o princípio, que Deus criou macho e fêmea, “Ele, porem, respondendo, disse-lhes: não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea [...]” (BÍBLIA, Evangelho de Mateus, 19:4-5, grifo nosso), isto com intuito de reprodução.

O casal heterossexual é o caminho basilar para construção da vida e da família, estes se complementam de forma perfeita, pois se não for à união destes, a vida humana não teria continuidade.

A Palavra de Deus é o instrumento da sua revelação ao homem. Dentre as muitas revelações apresentadas, ela mostra a queda do homem no pecado, este por sua vez trouxe suas consequências. Há um grande número de pecados enumerados pela Bíblia. Todavia, alguns não são apresentados especificamente. A degeneração da vida humana é uma marca do pecado, este atingiu o homem em todas as suas áreas, física, emocional e espiritual.

A busca pelo prazer e pela satisfação pessoal existe desde o princípio da humanidade. O esforço para satisfazer o seu ego, tem ultrapassado os limites da imaginação humana para isso o homem busca apoio em todos os segmentos da sociedade.

No tocante ao assunto abordado, a mudança de sexo, pode ser analisada como pecado ou não a luz da Bíblia, porque há casos específicos em que a ciência trata uma anomalia sexual, ou seja, uma ambiguidade sexual, como é o caso de um hermafrodita, onde se faz necessário uma intervenção cirúrgica reparadora, para a cura e bem estar do indivíduo.

Todavia, a luz da Bíblia, o transexualismo, é pecado, como também a decisão do indivíduo transexual pela cirurgia de mudança de sexo que muda o uso natural, pois ele nasce perfeito sem nenhuma deformação física ou biológica, a bíblia refuta esta prática: “Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; Porque até as mulheres mudaram o modo natural das relações intimas por outro, contrário à natureza. Semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro” (BÍBLIA, Carta aos Romanos, 1:26-27, grifo nosso). Percebe-se quanto a essa prática que eles buscam mudar o modo natural das suas relações sexuais em contrário a natureza da criação.

Não condenamos o transexual como ser humano criado por Deus, mas o pecado, que a Bíblia classifica como sendo todos os atos praticados pelos homens em discordância com os seus princípios e mandamentos, como o transexualismo, “não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus” (BÍBLIA, 1ª carta aos Coríntios, 6:10, grifo nosso).

Compreende-se também pela Bíblia, que são reprovados tantos os que praticam quanto os que aprovam tais comportamentos, “ora conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem” (BÍBLIA, Carta aos Romanos, 1: 32, grifo nosso).

No evangelho de Mateus, 19:4-5, Jesus declara que ao princípio, o Criador os fez macho e fêmea, esta afirmativa bíblica citada aproximadamente há dois mil anos foi confirmada pela genética, quando no século vinte foi descoberto o sexo cromossômico. Quando um óvulo é fecundado por um espermatozoide gerando um zigoto normal, já possuirá o sexo definido, masculino ou feminino. Portanto, um transexual masculino é um verdadeiro homem e a transexual feminina é uma verdadeira mulher, e isto esta registrado nos filamentos (cromossomos) do DNA no centro de cada uma das células dos corpos de homens e mulheres transexuais ou não, esta lá como a assinatura do Criador dizendo: "Macho e Fêmea os criei". Que maravilhosa revelação nos dá a ciência!

O transexualismo é psicológico, portanto, ligado às questões da alma humana e seus anseios, faz parte assim de questões da psique (espírito) e não do físico. Pode ser tratado através do redirecionamento do individuo que, submetido a uma consulta no divã do Criador (psicólogo por excelência) que também é capaz de curar os males tanto do corpo quanto da alma. O tratamento se dá através de sessões de relatos do paciente para o psicólogo (oração sincera) e as receitas já foram publicadas em diversos trabalhos do autor (leitura da Bíblia).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Sandra: Menino ou Menina? Você já pode escolher. Revista Veja, p. 101-107, 22 setembro 2004.

BIBLIA. N.T. Mateus. Português. Bíblia de Estudo Genébra. Tradução: João Ferreira de Almeida. Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Cap. 19, vers. 4-5.

BIBLIA. N.T. Romanos. Português. Bíblia de Estudo Genébra. Tradução: João Ferreira de Almeida. Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999. Cap. 1, vers. 26-27; 32.

BIBLIA. N.T. 1ª Coríntios. Português. Bíblia Sagrada. Tradução: João Ferreira de Almeida. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2004. Cap. 6, vers. 10.

GUERRA, Andréa Trevas Maciel; JÚNIOR, Gil Guerra. Menino ou Menina? Os distúrbios da diferenciação do sexo. 1ª ed. Barueri-SP: Manole, 2002.

MAGALHÃES, Naiara: O sexo forte. Revista Veja, p. 154, ed. 2190, 10 novembro 2010.

PASTERNAK, Jack J. An introduction to human molecular genetics: mechanisms of inherited diseases. Tradução Ida Cristina Gubert, 1ª ed. Barueri-SP: Manole, 2002.

REGATEIRO, Fernando J. Manual de Genética Médica. 2ª ed. reimp. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2007.
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