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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

VENCENDO A TIMIDEZ

Padecer a necessidade por algo que poderíamos ter feito e não fizemos, é no mínimo frustrante, e não ter coragem para escolher é decepcionante, nós evangélicos em geral somos muito proativos nas muitas questões da fé, mas sempre tem alguma questão que desafia a nossa crença e certeza. Quando não consultamos a Deus em oração antes de um decisão corremos o risco de errar fazendo escolhas arriscadas, ou de padecer a necessidade por medo de arriscar. Temos o poder da decisão dado por Deus, mas apesar de podermos decidir por nós mesmos, a melhor decisão sempre será buscar respostas no Senhor em oração.

O principal recurso de um crente é a oração, sem ela nos sentimos desprotegidos, pois o nosso Deus é refúgio, fortaleza e socorro. Admiro em parte a fé dos neo-pentecostais que sendo deterministas crêem no Deus da vitória, contudo não concordo com a maneira escandalosa como eles colocam Deus no canto da parede, como se a vontade do Senhor ficasse sujeita a nossa vontade, isso é ridículo. Admiro totalmente a fé dos novos convertidos, que em quaisquer circunstâncias crêem na vitória, é linda a fé dos neófitos, eles parecem saber que sempre o Senhor fará o melhor por eles, é por isso que os vejo clamar e falar com tanta paixão. Mas um dia vem "alguém” e nos rouba a capacidade de crer incondicionalmente no poder de Deus, conforme a “fé infantil” que tínhamos. Dizem: “Quando pedir tenha cuidado de saber se o que esta pedindo é da vontade do Senhor”, e não percebem que estão nos ensinando sutilmente que tem coisas que não devemos ousar pedir em oração. Só não nos disseram o que fazer com a nossa necessidade, e o pior é que agora ela passa a ser colocada diante de Deus com dúvidas, se isso ou aquilo é da vontade do Senhor.
É lógico que tem coisas que são contrárias a vontade do Senhor, nós as conhecemos pois transgridem as suas leis, são por exemplo deleites pecaminosos, que são facilmente reconhecidos pela sua Palavra, não digo que alguém peça tais coisas, pois estaria pedindo algo contrário a vontade conhecida do Senhor.
Referiro-me a tomadas de decisões por exemplo: A escolha da carreira profissional; a escolha do solteiro que busca casar-se; a aquisição de um bem móvel ou imóvel; a mudança de emprego, etc.
Mas se vamos orar por um enfermo, não devemos ficar conjecturando se é da vontade do Senhor curar. A menos que Deus tenha revelado para não orar. Deus pode proibir você de orar por uma determinada causa, mas se Ele não proibiu não precisamos temer rogar-lhe pela cura de alguém.

ex. 1) E aí passamos orar: Senhor se for da tua vontade “me abençoa”. Ou ainda: "será da tua vontade me abençoar com o que estou te pedindo?"

ex. 2) Deveríamos orar dizendo: Senhor, rogo-te, pois preciso “dessa benção”, mas como a minha visão é limitada, revela-me a tua vontade, ou faça-se a tua vontade.

A diferença é sutil, mas existe. No ex. 1) estamos pedindo duvidando. No ex. 2) pedimos crendo que o Senhor fará muito mais do que pedimos, ou pensamos.

Tem irmãos que já vão orar derrotados, pois acham que poderão incorrer nalgum erro se pedirem algo fora da vontade de Deus, oram sem a certeza de que serão atendidos, ficam avançando e recuando por isso não recebem (Tiago 1:6-8). Se pedimos duvidando, ou é porque a nossa fé é débil, ou é um pedido claramente contrário a sua vontade revelada na Palavra.

Conhecer a vontade de Deus não é algo simples, quem conheceu a mente do Senhor? Ou a sua profundidade? Ou a sua altura? Ninguém conhece toda a ciência de Deus, mas somente em parte a conhecemos, e a parte que nos foi revelada, e tem coisas que por mais que perguntemos ao Senhor ele permanecerá calado, nos responde com o seu silêncio, como um Pai que responde num olhar: tu ainda tens dúvidas? Então o que é simples? Simples é pedir com fé, ou seja, pedir com “A CERTEZA” de que Ele nos atenderá. Você precisa ir além do conhecimento de que Deus tem todo o poder, até chegar ao ponto de acreditar que o seu poder se manifestará de modo particular em benefício da sua vida.

Quando oramos precisamos ser sinceros com Deus, de que adianta falar: “Senhor faça a tua vontade, e no fundo do coração desejar outra coisa?” Será que poderemos esconder as nossas vontades daquele que esquadrinha os corações? Ser sincero é abrir o jogo com Deus, abrir o coração totalmente sem falsidades, revelando as nossas vontades: “Senhor o que eu quero exatamente é "isso" ou "aquilo". E depois se submeter à vontade Dele”.

O Senhor Jesus abriu o seu coração antes de ser preso no jardim do getsêmani, e falou com Deus em sinceridade, Ele sentiu tudo o que nós sentimos em momentos difíceis, e naqueles momentos de angustias, e ânsias de morte, Ele orou dizendo: Pai se possível for passa de mim este cálice, contudo faça-se a tua vontade (Mateus 26: 39; Marcos 14: 36; Lucas 22: 42). Jesus jamais recuou, o cálice do qual falava não era a cruz, mas sim as angustias e as ânsias que como homem estava sentindo naquele momento, precisava de forças, pois queria ir até o fim, a angustia não o impediu de abrir o coração, revelando a sua necessidade ao Pai. Devemos sempre ser sinceros com Deus e pedir forças nas horas difíceis. A oração de Jesus foi respondida imediatamente, pois logo em seguida Ele é revestido de uma capacidade que o leva a declarar que se submete a vontade do Pai, seja ela qual for. Abro um parêntesis para dizer: (Deus atendeu aquele pedido imediatamente enviando um anjo para fortalecer ao seu filho, a fim de que Ele pudesse completar sua missão) Lucas 22: 43-46.

Tem crente que vem para a igreja precisando de uma benção, e não pede porque não tem certeza da vontade de Deus, termina o culto e ele volta para casa inquieto com suas necessidades. Outros oram “Senhor faça a tua vontade”, mas não fala qual é a vontade deles, e estes também voltam inquietos e preocupados para suas casas. A palavra de Deus nos ensina que todas as nossas necessidades, das mais simples as mais urgentes, devem ser conhecidas diante de Deus, através da oração e das súplicas, com ação de graças, ou seja, peça a Deus exatamente o que precisa, e se for urgente grite por sua ajuda, e conclua a oração agradecendo antecipadamente pela vitória, e o Senhor promete para aqueles que oram assim: Lhes darei a minha paz, e guardarei os seus corações e os seus sentimentos no meu filho Jesus Cristo (Filipenses 4: 6, 7). Não saia da casa do Senhor levando qualquer preocupação, peça a Deus com certeza, e ele fará muito mais por você (1ª Pedro 5: 7).

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