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segunda-feira, 15 de junho de 2009

UM HOMEM BOM

“UM HOMEM BOM” é o título de um filme que se passa na Alemanha onde John Halder (Viggo Mortensen) é um tranqüilo professor universitário, que vive em paz com sua família e tem em Maurice (Jason Isaacs) um grande amigo. Um dia Halder passa a prestar mais atenção em uma de suas alunas (Jodie Whittaker) e vê a sua vida mudar quando passa a se interessar por ela, com a carreira em ascensão, lida com pessoas do governo nazista, sem se dar conta do perigo que ele e seu país estão correndo. O título do filme é bastante sugestivo, pois nos revela o sentimento de pessoas honestas, que podem ser envolvidas silenciosamente desde uma simples corrupção conjugal, até uma corrupção de poder, na maioria das vezes o “homem bom” não sabe como se envolveu, ou seja, crê que não teve culpa, e quando descobre que esta envolvido não sabe como sair, ou não quer ou não pode mais. O título desse filme é também o tema que tratamos nesta postagem: A Salvação de um homem bom, ou seja, a salvação do gênero humano, homem e mulher.

A idéia de salvação para muitas pessoas parece completamente absurda, afinal de contas, pensamos: “seremos salvos de que?” Em fim, a maioria das pessoas se considera como de “bom caráter”, uma pesquisa sobre a personalidade do cidadão e a sua auto-avaliação diria que a maioria das pessoas se considera honesta, pois como dizem: “não andamos por ai enganando os outros”, nos julgamos pelos nossos atos de caridade, ou por prestar algum trabalho voluntário, pois em geral nós todos somos bons pais, bons filhos, trabalhadores honestos, cumpridores dos deveres e acima de tudo pagamos os nossos impostos. Então deveríamos ser salvos de que? “Deveríamos ser salvos dos políticos desonestos, ou de qualquer pessoa desonesta” responderiam alguns num tom brincalhão.

Dizem: Essa história de salvação se encaixa bem para pessoas que vivem no limite da vida, à margem da sociedade, em algum grupo de risco como, por exemplo, os usuários de drogas, traficantes, prostitutas, homossexuais, criminosos, pobres, depressivos, doentes, etc. Em fim, ela serve para aqueles que de alguma maneira chegaram à igreja depois de “fazer tudo que não presta”, e agora, depois de fazer tudo se dizem “salvas”? Mas elas estariam salvas de que? Provavelmente na segurança de suas igrejas estarão salvas de sofrerem, por exemplo, morte violenta.

Se nos baseássemos somente nos fatos citados acima, já poderíamos afirmar que as igrejas prestam um grande trabalho de recuperação e reintegração de indivíduos a sociedade, isso é fato e verdade. O que não é verdade é que pessoas de boa reputação não precisem da mesma salvação.

Por que uma pessoa boa precisaria de salvação?

Todos precisariam ser salvos de si mesmos em alguma circunstância da vida, essa circunstância pode ser desde um extremo “da falta de domínio próprio”, até o outro extremo “do orgulho das virtudes próprias”. Analisar o sentimento de orgulho das nossas virtudes é o nosso objetivo, é lógico que alguns já sairão imediatamente dizendo: “não temos esse sentimento, pois não somos perfeitos”. Essa é uma resposta evasiva, porque se fizermos qualquer comparação da necessidade de salvação dessas pessoas com a daquelas, elas mesmas replicaram: “estão querendo me comparar com algum criminoso? Sou um cidadão honesto, e pago meus impostos”. Infelizmente a resposta é dada conforme a conveniência do momento.

A Bíblia afirma que: “TODOS pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23), não há sequer uma pessoa no mundo que não tenha do que se arrepender, ou algo a esconder, em geral todos têm grandes ou pequenas faltas.


O sentimento por detrás da prática da justiça própria, apresentada nas boas obras pode ter caráter de gratidão ou de reparação, somente Deus sabe, qual é o caráter escondido no coração da alma caridosa, ela estaria grata pela salvação? Ou estaria tentando comprá-la?

O sentimento de gratidão vem do reconhecimento de que fomos libertos das nossas culpas, já o sentimento de reparação vem da necessidade se autojustificar, e procurar fazer algo em compensação a nosso favor, algo que reparasse as nossas faltas. A diferença entre a gratidão e reparação é: na primeira nos sentimos leves por crer que fomos liberados da culpa; na segunda nos persegue um fantasma acusador, ao qual tentamos afastar apresentando todas as nossas bondades.

Este acusador só pode ser afastado pelo poder do “Sangue de Jesus” para perdoar pecados, há uma esperança para toda alma caridosa, há esperança para as pessoas honestas e boas, esta esperança consiste em reconhecer que elas também precisam da ajuda do Senhor Jesus, foi isso que Ele quis explicar aos fariseus de sua época, quando curou um cego de nascença (Jo 9. 1-41), os fariseus disseram a Jesus: “também nós somos cegos”, e Jesus lhes respondeu: “se fôsseis cegos, não teríeis pecado, mas como agora dizeis: vemos, por isso o vosso pecado permanece”, Jesus estava falando da cegueira espiritual que impede que os “homens bons” também se arrependam, creiam e vivam pela fé. A Bíblia diz que o justo viverá da fé (Hc 2.4; Rm 1.17; Gl 3.11; Hb 10.38), não poderá viver pela sua própria justiça, mas viverá da fé naquele que o justifica, é evidente que para ser justo é necessário praticar a justiça, mas somente viveremos se a nossa justiça for praticada por gratidão, e não por reparação, ao invés de aplicarmos a nossa fé em nós mesmos devemos aplicá-la numa justiça maior do que a nossa, uma justiça que foi praticada em nosso favor por alguém totalmente inculpável, Jesus Cristo, o filho do Deus vivo!

Há esperança para a humanidade, há esperança para você, aplique a sua confiança no Senhor, entregue a sua vida a Ele, e se puder pratique a justiça como expressão de louvor e gratidão, Zaqueu recebeu Jesus em casa, creu e saiu para reparar os seus erros e foi salvo, já o ladrão na cruz, creu e foi salvo, mas não teve tempo de reparar seus erros. Esses homens foram salvos pela justiça que vem da fé em Jesus Cristo.

Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Rm. 4.3.
E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.
E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte. Ap 12. 10,11.

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